A maior fraqueza é o temor de se mostrar vulnerável.

Um princípio central da filosofia pragmática é a ideia de assumir responsabilidade própria e por suas ações, especialmente em relação ao progresso de sua carreira, seus projetos e seu trabalho cotidiano. Um programador pragmático está no controle de sua carreira e não hesita em reconhecer quando não sabe algo ou comete um erro. Embora isso não seja o lado mais atraente da programação, é inevitável que ocorra – até nos melhores projetos. Mesmo com testes impecáveis, documentação excelente e automação robusta, problemas acontecem. Prazos são perdidos. Surgem problemas técnicos inesperados.

Esses contratempos são comuns e tentamos lidar com eles da maneira mais profissional possível. Isso envolve ser honesto e franco. Podemos nos orgulhar de nossas habilidades, mas também devemos ser sinceros sobre nossas limitações – nossa ignorância e nossos erros.

Aceitar a responsabilidade é um compromisso ativo. Você se assegura de que as coisas sejam feitas corretamente, mas nem sempre tem controle total sobre todos os aspectos da situação. Além de fazer o seu melhor, você deve avaliar os riscos que estão além do seu controle. Você tem o direito de recusar responsabilidade por situações impossíveis ou de alto risco. A decisão deve ser baseada em sua ética e julgamento pessoal.

Quando você verdadeiramente assume a responsabilidade por um resultado, deve estar preparado para ser responsabilizado por ele. Quando cometer um erro (como todos fazemos) ou tomar uma decisão equivocada, admita honestamente e busque oferecer soluções.

Não transfira a culpa para outros ou crie desculpas. Não atribua todos os problemas a um fornecedor, a uma linguagem de programação, à gerência ou aos colegas. Eles podem ter uma parte da culpa, mas é sua responsabilidade fornecer soluções, não desculpas.
Se houver risco de um problema que o fornecedor não pôde resolver, você deveria ter um plano de contingência. Se o disco rígido falhar e todo o seu código-fonte for perdido sem backup, a culpa é sua. Dizer ao seu chefe que "o gato comeu meu código-fonte" não resolve nada.

Antes de explicar a alguém por que algo não pode ser feito, está atrasado ou foi danificado, pare e ouça a si mesmo. Converse com o pato de borracha no seu monitor ou com seu gato. Sua desculpa parece razoável ou tola? Como ela soará para seu chefe? Visualize a conversa em sua mente. O que é provável que a outra pessoa pergunte? Ela questionará se você tentou isto ou aquilo? Como você responderá? Antes de dar as más notícias, há algo mais que você possa tentar? Frequentemente, sabemos o que as pessoas dirão, então poupe-as disso.

Portanto, não tenha medo de pedir ou de admitir que precisa de ajuda. Procure eliminar desculpas frágeis antes de expressá-las em voz alta. Se necessário, fale primeiro com seu cachorro.